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A mostrar mensagens de maio 6, 2018

Ode a minha mãe

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Ode a minha mãe nenhum poema nas mãos do oceano aberto.  perto dos seus dedos só o esquecimento das margens do prazer e da paz.  aquele que sonha terá água doce ou água salgada dentro das lágrimas bailarinas dos seus olhos fechados? aquele que sonha saberá soletrar ódio no sangue? e se souber, como amará ele a violência se o primeiro sonho - como o amor - ama a comunhão prática da infância táctil? - ¿mãe, os dálmatas são cães com sarampo ou desenhos que ladram? - ¿mãe, aquela menina é castanha porque é feita de chocolate? -¿mãe, chamas-te mãe porque mãe é a palavra mais próxima de mão, a primeira mão que nos amparou o primeiro susto incrível do real? - mãe, quem sonha é filho de toda a gente. nenhum poema nas mãos do oceano aberto das mães. Perto dos seus dedos só os rolos da paz e do calor a fotografar o sangue dos anjos nas varandas sublimes dos colos. mãe, inspiro o sol nas coisas evidentes. existe realmente o erro, mãe? o erro-cruz? como poderá ser rea